The final episode of the series, "Voices of the Forest: The Chico Mendes Forest Peoples' Alliance in our Time," features Raimundão, one of the most respected and beloved leaders among the seringueiros (rubber tappers) and extractivists. Raimundão, a forest sage, offers his thoughts and memories as a way to close this series.
This series began with an Indigenous person, and will end with a seringueiro, closing the circle of this Alliance that can teach us so much. Raimundão talks about memory and knowledge in the forest, the example set by his cousin Chico Mendes, the miserable times when women hid themselves for lack of clothes, the terror of farmers and comrades murdered, the conquests of the past, how struggles took place, the setbacks of the present and the errors of the Left, the return of the Alliance, and the Alliance's intimate relationship with the forest and an idea of freedom.
"Freedom for me is speaking what I know is true. Freedom for me is having the right to live in my home, with my family, without being disturbed by anyone. Freedom for me is having the opportunity to see my comrades living a life of the same quality as mine, because I've learned that we shouldn't be individualistic -- the more we are collective, the better. Freedom is that I have the right to come and go when and where I want."
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O último episódio da série "Vozes da Floresta: a Aliança dos Povos da Floresta de Chico Mendes a nossos dias" é com Raimundão, uma das lideranças mais respeitadas e queridas entre os seringueiros e extrativistas. Raimundão é um sábio da floresta e fecha com seus pensamentos e memórias essa série, que se iniciou há mais de dois meses com Ailton Krenak.
Começamos com um índio, encerramos com um seringueiro, fechando a roda dessa aliança que tanto nos ensina. Raimundão fala da memória e do conhecimento na floresta, do exemplo de seu primo Chico Mendes, da miséria dos tempos em que as mulheres se escondiam por falta de roupas, do terror dos fazendeiros e dos assassinatos de companheiros, das conquistas do passado, de como se faziam as lutas, dos retrocessos do presente e dos erros da esquerda, da volta da Aliança, da sua relação íntima com a floresta e sobre sua ideia de liberdade.
"Liberdade pra mim é falar aquilo que eu tenho consciência que é verdade. Liberdade pra mim é eu ter direito de viver na minha casa, com minha família, sem estar sendo incomodado por ninguém. Liberdade pra mim é eu ter oportunidade de ver meus companheiros tendo uma relação de vida igual a minha, porque eu aprendi que a gente não deve ser individualista, quanto mais ser coletivo melhor. Liberdade é eu ter o direito de ir e de vir pra onde e de onde eu quiser" Raimundão.